Abdominoplastia
A flacidez no abdômen é uma da queixas mais frequentes no consultório. O rápido desenvolvimento das técnicas minimamente invasivas ampliou muito o tratamento de determinadas queixas estéticas. Entretanto, a frequência das queixas mistas ou puramente reparadoras faz da abdominoplastia ou dermolipectomia abdominal, um dos principais procedimentos cirúrgicos estéticos realizado, seja isoladamente ou em associação com lipoaspiração e suas variantes.
A abdominoplastia (ou cirurgia plástica de abdômen) é indicada para:
- Abdômen com flacidez;
- Abdômen com excesso de pele, que pode ser com ou sem estrias;
- Abdômen em “avental”, ou seja, quando há queda da barriga na parte inferior;
- Diástase ou afastamento dos músculos reto abdominais.
É importante esclarecer que a abdominoplastia não busca emagrecimento, e sim a remodelação da área abdominal.
A pele excedente e perda da firmeza no abdômen tem natureza multifatorial. Variações de peso, número de gestações, senescência e hereditariedade são os as causas mais impactantes. A abdominoplastia tem a função de remover a “sobra de pele” e a gordura localizada objetivando a melhora do contorno corporal por meio do reforço ou reparo da musculatura abdominal. O procedimento também remove as estrias localizadas na região durante a remoção da pele.
A lipoaspiração, clássica ou por técnicas de “alta definição”, adiciona ganhos estéticos à abdominoplastia trazendo naturalidade e harmonia ao contorno corporal e quando associada a abdominoplastia leva o nome de lipoabdominoplastia.
A avaliação pré-operatória é o primeiro e mais importante aspecto prático relacionado a abdominoplastia no que se refere a prevenção das complicações pós operatórias e planejamento cirúrgico.
Como é feita a abdominoplastia?
Em boa parte dos casos, a anestesia é geral ou peridural. A definição de qual tipo de anestesia usada também faz parte do processo pré-operatório. Tecnicamente, a cirurgia consiste em uma incisão horizontal na parte inferior do abdômen, logo acima da implantação dos pelos pubianos, estendendo-se lateralmente, sendo maior ou menor extensão dependendo do volume a ser corrigido. Após a incisão, acontece o reparo programado da musculatura enfraquecida e, finalmente, a remoção do excesso de pele e gordura. Na abdominoplastia clássica, o próprio umbigo da paciente é utilizado, porém existirá uma cicatriz circundando o umbigo.
A cirurgia tem duração de 2 a 4 horas e o período de internação é de aproximadamente 24 horas. Em uma evolução normal.
Pós-operatório da abdominoplastia
Os cuidados após a abdominoplastia são fundamentais para o resultado final. Uma adequada programação pós operatória, individualiza e adapta a rotina diária do paciente aos cuidados médicos necessários ao melhor resultado cirúrgico. O contato médico próximo neste período traz segurança ao paciente e evita intervenções desnecessárias. É comum o uso de dreno e pode ocorrer desconforto, inchaço e equimoses que vão diminuindo com o passar das semanas.
De modo geral, as recomendações principais são: repouso, atenção à postura e aos movimentos corporais e da marcha, proteção solar, uso da cinta cirúrgica, boa hidratação e alimentação além de drenagem. O resultado definitivo da abdominoplastia é alcançado entre 6 a 12 meses.
Tipos de abdominoplastia
- Abdominoplastia Clássica: descrita acima, cicatriz, umbigo.
- Miniabdominoplastia: É opção para quem tem pouca flacidez e acúmulo de gordura apenas abaixo do umbigo, nesta cirurgia um fuso de pele menor será retirado resultando em uma menor cicatriz, e, o umbigo não apresenta cicatriz a o seu redor, apenas ficará numa posição um pouco mas baixa que originalmente. A diástase dos músculos reto abdominais também pode ser corrigida e a lipoaspiração pode ser associada acrescentando ganho no contorno corporal.
- Abdome em Âncora: Destinada aos pacientes que passaram por um emagrecimento acentuado, através de dieta ou cirurgia Bariátrica. Nestes casos ocorre uma sobra de pele e gordura muito grande em toda a circunferência abdominal. São duas cicatrizes resultantes: uma vertical, que vai do tórax à região pubiana para que se “puxe” a pele flácida dos lados para o centro do abdômen; e outra na dobra abdominal inferior, com extensão variada, conforme o grau de flacidez.
- Abdome Reverso: É uma técnica seletiva para a ressecção dos excessos cutâneos localizados no epigastro (região acima do umbigo), que determina uma única cicatriz ao longo do sulco mamário, cruzando a região esternal. Ela pode ser associada a cirurgia das mamas e deve ter uma indicação muito criteriosa.